quarta-feira, 14 de novembro de 2012

BASQUETEBOL DIFERENCIADO



O basquetebol em cadeira de rodas começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945. Os jogadores eram ex-soldados do exército norte-americanos feridos durante a 2ª Guerra Mundial. Atualmente, o Brasil conta com mais de 60 equipes masculina de basquetebol em cadeira de rodas e 6 equipes femininas. A modalidade é praticada por atletas que tenham alguma deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). As cadeiras são adaptadas e padronizadas, conforme previsto na regra. A cada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.
Classificação dos atletas:
  • Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5.
  • Para facilitar a classificação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes intermediárias: 1,5; 2,5 e 3,5.
  • O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe.
No dia 12 de novembro, de 2012, Eu e meu colega de estágio, Diego Müller, realizamos uma aula adaptada e diferenciada, na Escola Emérita, localizada no Município de Biguaçu, com as turmas 602 e 301, com quem temos trabalhado nos últimos meses o tema Jogos Paralímpicos.
A nossa aula diferenciada consistiu em um simples jogo de basquetebol, sendo que os alunos utilizaram uma bola e várias cadeiras de rodinhas da informática, onde tiveram a possibilidade de vivenciar e refletir a modalidade e toda a sua envolvente.  
O entusiasmo foi grande. Assim que os alunos eram chamados para sentar nas cadeiras e participar do jogo, praticamente todos se chegavam à frente e diziam: “Eu Quero”. Após a experiência, muitos dos alunos revelaram ter tido no começo algumas dificuldades, mas adoraram a oportunidade de fazer algo que nunca tinham feito.
Com esta aula tivemos, mais uma vez, a oportunidade de sensibilizar as duas turmas e as suas respectivas professoras para o esporte adaptado, que está ainda muito pouco divulgado; bem como refletir sobre as pessoas com deficiências físicas e a acessibilidade na sociedade.
Esse tipo de trabalho na escola é de grande valor, pois mostra como podemos superar barreiras. Apesar de se estar utilizando o esporte propriamente dito, como ferramenta de ensino, a Educação Física trás consigo aspectos sociais como interação, respeito, companheirismo que muitas vezes só se vê nas aulas desta disciplina.
Deste modo aqui fica o meu agradecimento a todas as pessoas que partilharam esta manha comigo e que tornaram esta aula uma experiência única!

Plano de aula: Basquetebol Adaptado

Objetivos de aprendizagem 
- Vivenciar o basquetebol sem o recurso de se levantar da cadeira;
- Refletir sobre as Pessoas com Deficiências Físicas e a acessibilidade na sociedade;
- Perceber o seu próprio corpo;

 

Conteúdos
1.1. Esporte
1.2. Basquetebol para deficientes físicos dos membros inferiores;
1.3. Acessibilidade dos deficientes físicos na sociedade;


  
Estratégias

- 5 min. – No inicio da aula perguntaremos para os alunos se conhecem ou se haviam vivenciado basquetebol para cadeirantes? Explicaremos para os alunos que um time é composto por 5 pessoas cadeirantes em quadra, e que as cada jogador é identificado por um número correspondente a sua limitação física, sendo que cada time em quadra não pode extrapolar o número máximo que é 14. Em seguida, iremos para a quadra, aonde cada aluno irá se sentar em uma cadeira com rodinhas, para facilitar o jogo.
- 5 min. – será feito um breve aquecimento, onde os alunos experimentarão sentados à se locomover com as cadeiras.
- 30 min. – Em seguida, os alunos se dividirão em dois times, onde ambos terão o mesmo número de jogadores em quadra.
- 5 min. - Para o fechamento a turma irá realizar uma reflexão em grupo de como foi à experiência de vivenciar a modalidade basquetebol sentado? Se ouviram as orientações dos colegas? Como foi a experiência de localização espacial durante a atividade? Quais foram às facilidades e as dificuldades encontradas no desenvolvimento da atividade? Etc.

Materiais
Bola;
Quadra;
Cadeiras com rodinhas.
  
Avaliação
- Instrumento: observação e questionário oral.
- Critérios:
- reflexão sobre as pessoas com deficiências físicas e a acessibilidade na sociedade;
- percepção sobre seu próprio corpo: as dificuldades e as habilidades necessárias para praticar basquetebol adaptado.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA


Muitas pessoas deficientes enfrentam um grande desafio em relação à estrutura física da cidade em que vivem e para superar os obstáculos do dia a dia, alguns despertam interesse na inserção ao esporte. A educação física adaptada, por exemplo, é uma boa ferramenta para quem, mesmo com deficiência, deseja aprender um pouco sobre esporte e conciliar a técnica dentro de uma nova realidade. O esporte adaptado funciona muito bem para os cadeirantes, deficientes visuais ou para aqueles que apresentam alguma limitação motora. 
Os conteúdos a serem trabalhados na Educação Física Adaptada são os mesmos de qualquer outra aula de Educação Física, o que muda são os meios para permitir o acesso aos alunos com necessidades especiais à prática. O papel do profissional de Educação Física é fazer com que esses alunos consigam superar os seus limites, estabelecendo caminhos com graus de dificuldade variados, de acordo com a deficiência. Ao possibilitar a inclusão, a partir de uma aula bem estruturada, o professor permite que todos alunos experienciem o prazer da prática.
Com isso, fazer com que os alunos valorizem o imaginário social e redimensionem a questão do sentido da superação de limites, por meio do esporte no âmbito escolar. Como importância despertar o olhar dos alunos para diferentes aprendizados e novas experiências corporais conscientes e necessárias para a vida social futura. Pode-se também, refletir a questão do preconceito com as pessoas com deficiências, que muitas vezes são discriminadas e se isolam da sociedade devido ao medo de serem humilhadas.
        Com números de atividades e modalidades esportivas em ascensão, as práticas da educação física adaptada podem ser boas ferramentas para quem deseja iniciar nesse ramo ou deter o conhecimento. 

Plano de aula Adaptada
Objetivos de aprendizagem 
- Vivenciar a ginástica sem o recurso da visão;
- Refletir sobre as Pessoas com Deficiências Visuais na sociedade;
- Identificar a importância do Guia (comunicação oral) e dos sentidos;
- Perceber a noção do espaço e do seu próprio corpo;
- Apurar a atenção e concentração.

Conteúdos
1. Ginástica Adaptada

1.1. Deficiência Visual: Comunicação oral e os sentidos.

Estratégias
- 5 min. - Em sala: explicaremos para os alunos que a aula tem como objetivo enfatizar a importância de ser um guia de um deficiente visual. 
- 35 min. - Na quadra: Em duplas, um aluno vendado e o outro sendo o guia, montaremos um circuito com alguns obstáculos, para que eles percorram o percurso com segurança, através da orientação do seu colega/guia. Sendo que o circuito será montado pelos guias e o professor que ficará responsável pela ajuda na montagem deste circuito, procure fazer com que os alunos que serão vendados não imaginem quais obstáculos eles enfrentarão vendados.
- 5 min. Fechamento: Discutir no grupo, como foi desenvolver a atividade sem o uso da visão, tendo como recurso os outros sentidos como: tato, audição e o olfato para reconhecer o espaço. Perguntar como foi à experiência de se comunicar ou auxiliar uma pessoa que não enxerga? O que é mais difícil? Perguntar para os alunos vendados se ouviram as orientações dos seus colegas guias? Se foi importante a comunicação oral? Quais os sentidos foram mais usados? Etc...

Materiais
• Colchonetes e bancos;
• Bengala (cabo de vassoura);
• Venda para olhos.

Avaliação
- Instrumento: observação e questionário oral.
- Critérios:
- percepção da noção do espaço e do seu próprio corpo;
- reflexão sobre as pessoas com deficiências visuais na sociedade;
- importância do Guia (comunicação oral), da atenção, da concentração e dos sentidos.